Se depender do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Antônio Belinati está ferrado. Ou melhor, se depender do presidente do TSE, ministro Carlos Ayres Britto. Ele vem adiando o julgamento da reclamação do prefeito eleito de Londrina, atrelando-a a uma consulta formulada pelo Tribunal Regional Eleitoral do Piauí, sobre um caso idêntico ao de Belinati. Julgado este, vale a decisão, por extensão, ao imbróglio londrinense. A tese de Ayres Britto para o caso piauiense, se acatada pelo plenário do TSE, o que parece baralho marcado, fulmina de morte a pretensão de Antônio Belinati. Eis o trecho fatal do parecer do ministro presidente do TSE: “Se, com o reconhecimento da nulidade dos votos dados a candidato cujo registro foi negado ou cassado, algum candidato já houver obtido a maioria absoluta dos votos válidos em primeiro escrutínio, então ele é que deve ser proclamado eleito. Do contrário, deve-se proceder a um novo segundo turno, que contará com a participação dos dois candidatos efetivamente mais votados, considerada, reprise-se, a nulidade dos votos dados a candidato sem registro”. Como visto, feito sob medida para a bronca de Londrina. Se Luís Carlos Haully (PSDB) e Barbosa Neto (PDT) tiverem juízo, que vão se preparando para se enfrentar em segundo turno. E ganha quem tiver o apoio do eleitoralmente castrado Antônio Belinati.