terça-feira, 28 de julho de 2009

É manchete na imprensa regional, a pena imposta a nove ex-vereadores e o ex-prefeito do Município de São Pedro do Iguaçu, pela “Justiça” da comarca de Toledo, por obras edificadas no Município (2001) e autorizadas por Lei aprovadas pelos Vereadores.
A Lei Orgânica do Município em seu artigo 18 diz, “Os vereadores são invioláveis por suas opiniões, palavras e VOTOS no exercício do mandato e na circunscrição do Município.” Entretanto, o desconhecimento da Magistrada acaba proferindo uma pena aos réus que está muito aquém da realidade, ferindo de morte a Democracia, sim, pois dessa forma, transfiram-se as responsabilidades legislativas à justiça e acabe se com o poder Legislativo.
A Imprensa destaca a perda do mandato dos Vereadores Silmar José Cechin e Hermilo Gambin, esquecendo que os outros vereadores da época (Inclusive do grupo que fez a denúncia) também sofrem as mesmas penas, e como a classe política sofre um desgaste pelas mazelas de maus políticos, é mais rentável bater em quem tem mandato, mesmo que fique provado que, nesta ação, não houve dolo ao patrimônio público.
Quanto a mim, estou com a consciência tranquila, pois o que fiz foi para beneficiar a população do meu Município, com obras que hoje servem a comunidade sem jamais tirar proveito, o que está claro no processo. Ando pelas ruas do meu Município de cabaça erguida.
Quanto ao Ministério Público que ofereceu a denúncia, me parece que erraram na medida e na proporção, deixando-me dúvidas se realmente vale a pena ser honesto neste país, pois do contrário teria recursos para pagar um bom defensor e não precisava ter chegado ao ponto destas manchetes.Aos Denunciantes, hoje à frente do Município, rogo a Deus que ao Final do mandato possam andar de cabeça erguida como eu, tenho minhas dúvidas, mas Deus é Grande e o tempo o senhor da verdade.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Lado negro

A revista Veja que circulou este final de semana escracha e expõe as mazelas do PMDB, que de “maior partido do Ocidente”, transformou-se em “maior partido governista do Ocidente”. Após conduzir a luta pelo processo de redemocratização do País, o PMDB apegou-se com volúpia ao poder e tem apoiado todos os presidentes que passaram pelo Palácio do Planalto.
Entrevistado pela Veja, o cientista político Rubens Figueiredo diz com todas as letras que “o PMDB usa a força para promover a corrupção, o compadrio e o nepotismo, resvalando na marginalidade”. Para ele, “o antigo MDB foi a encarnação do bem no combate à ditadura, mas após ganhar o ´P´ virou a encarnação do mal na democracia”. ( O Paraná 27/07/09)

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Nova facada

A informação vazada dia desses de que o presidente Lula sentiu-se ofendido quando da supressão da CPMF casou com outra previsão da coluna em relação às perdas do governo com a crise divulgadas na semana passada: o bolso do contribuinte teria que se preparar.
A previsão era baseada em fato concreto: o governo não perde nunca!
O alerta está se confirmando. Em agosto vem aí uma nova forma de CPMF. Iniciará com 0,1%. A exemplo da anterior, proposta pelo Dr. Adib Jatene quando ministro, supostamente para bancar a saúde. Todos os que viveram a saga do Dr. Jatene, que jogou seu prestígio no projeto sabem porque ele deixou o governo!

quinta-feira, 16 de julho de 2009

DELE CQC II

Não será surpresa, se os ônibus de São Pedro forem entregues no domingo, dia 19 juntamente com a festa do perniu, pois o governador precisa de palanque para garantir sua eleição ao senado, do contrário a coisa complica, pois os mais de 200 processos contra ele vai para a justiça comum e sem foro previlegiado o alcaide paranaense se complica todo.
Mais uma coisa como vai ficar o contrato milionário com a empresa que presta o serviço de transporte escolar?
Pois com os ônibus doados pelo Estado e mais dois, já autorizados a compra, pelo Município, o transpote será municipalizado.
E tudo indica que os prestadores deste serviço hoje foram patrocinadores da campanha do atual prefeito, apesar de as contas prestadas a justiça eleitoral nada mostrarem, serão dispensados?

Festa do ônibus

Não é só o governador Roberto Requião (PMDB) que só entrega os polêmicos ônibus escolares com foguetório e tudo o mais. Alguns deputados estaduais também tem se aproveitado das festividades para se divulgarem pessoalmente. Os deputados peemedebistas, Waldyr Pugliesi e Artagão Júnior (PMDB), periodicamente, enviam notas às redações dos veículos de comunicação, informando que a população do município agradece a eles pelos ônibus entregues. Dá-lhe campanha antecipada, mas o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) faz cara de paisagem, fingindo que não é com ele. A foto, tirada na cidade de Arapuã, no Vale do Ivaí, informa que foi a comunidade quem resolver prestar a homenagem ao governador, ao vice, Orlando Pessuti e ao deputado Pugliesi. E DELE CQC.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

História secreta da simulação da renúncia de Sarney

  • Senador se finge de Jânio para voltar ‘nos braços do PT’
  • Plano envolveu conversas reservadas com Lula e Dilma

Brasília respirou, entre terça e quarta-feira, a expectativa de uma renúncia planejada para não acontecer. Moído por uma crise que o persegue há cinco meses, José Sarney pôs em marcha uma estratégia definida por um de seus aliados como “Plano Jânio Quadros”.

Jânio, como se sabe, renunciou à presidência da República, em agosto de 1961, seis meses e 23 dias depois de ter sido empossado. Em texto manuscrito, de cunho enigmático –“forças terríveis levantam-se contra mim”—, comunicou a decisão ao Congresso e voou para São Paulo.

Esperava que o Legislativo recusasse a renúncia e que o povo fosse às ruas clamar por seu retorno. Não ocorreu nem uma coisa nem outra. O resto é história. Sarney –“um Jânio sem álcool”, na definição ouvida pelo blog— simulou a renúncia para “voltar” a um cargo que lhe foge. Sem o inconveniente de deixar a cadeira.

Para livrar sua “presidência” das aspas que a conspurcam, Sarney tramou uma ressurreição “nos braços do PT”. Deu-se o seguinte:

1. Na manhã de quarta, Sarney recebeu em sua mansão, no Lago Sul, Aloizio Mercadante e Ideli Sanvatti. Foram contar a ele um segredo de polichinelo. Na noite anterior, a bancada do PT posicionara-se a favor do seu afastamento. Licença de um mês. Sarney refugou. Licença não tiraria. Ou o PT o apoiava ou renunciaria.

2. Sem que Mercadante e Ideli suspeitassem, Sarney armava a reação desde a tarde da véspera, quando a notícia sobre a cara virada do PT lhe chegara aos ouvidos. Em segredo, conversara pelo telefone com Lula, que estava na Líbia. Queixara-se da movimentação do petismo. Ouvira de Lula críticas acerbas ao PT. O presidente chamara de amadores os senadores de seu partido. E tranquilizara Sarney.

3. Lula acionaria, desde a Líbia, a ministra Dilma Rousseff e o chefe de gabinete dele, Gilberto Carvalho. Ordenou-lhes que agissem para deter o “amadorismo” do PT. Na noite de terça, enquanto a bancada petista apreciava o pedido de licença de Sarney –7 votos a favor e 4 contra– o “alvo” reunia-se secretamente com Dilma e Carvalho, na casa da ministra.

4. Sob orientações de Lula e de olho na preservação do apoio do PMDB à sua candidatura presidencial, Dilma acalmou Sarney. Pediu que aguardasse o retorno do chefe. Tudo seria solucionado, disse. Assim, Lula e sua principal ministra já haviam vendido a Sarney o apoio do PT, que Mercadante e Ideli diziam não existir.

5. Sarney tinha razões para escorar-se no governo. O plenário fervia. Três partidos exigiram a sua licença: PSDB, PDT e até o DEM. Sem o PT, sua “presidência”, já comprometida pelas aspas, poderia virar cinzas. Na conversa com Mercadante e Ideli, testemunhada por Renan Calheiros, Sarney, na pele de “Jânio sóbrio”, como que devolveu o problema ao PT e ao governo. Parecia jogar o seu futuro numa única mão de cartas. Mas a renúncia era teatro.

6. Quatro dias antes, no início da noite de um domingo frio de Brasília, um Sarney apegado ao cargo e seu escudeiro Renan Calheiros tiveram uma primeira reunião sigilosa com com Lula. Dera-se na Granja do Torto. Lula se preparava para a viagem à Líbia. Àquela altura, a fuga do DEM tinha a forma de uma ameaça, pendurada nas manchetes pelo líder José Agripino Maia. Sarney e Renan pareciam descrer. Pelo sim, pelo não, decidiram testar os limites do apoio de Lula. Não havia limites. O presidente prometeu-lhes apoio irrestrito.

8. Tampouco o PSDB, parceiro de oposição do DEM, levava a sério os arroubos de Agripino. “Não vão chegar a tanto”, dizia, na segunda-feira, o presidente tucano Sérgio Guerra ao dissidente peemedebista Jarbas Vasconcelos. Estavam no aeroporto de Cumbica, em São Paulo. Retornavam de uma viagem a Estocolmo. Àquela altura, Agripino já havia costurado o rompimento.

9. O líder ‘demo’ entendera-se com os “formadores de opinião” de sua bancada. Até o sereno Marco Maciel apoiara a tese do afastamento de Sarney. A decisão do DEM foi vendida ao público como “consensual”. Meia-verdade. De 14 senadores, três saíram da reunião como votos vencidos: Eliseu Resende (MG), ACM Jr. (BA) e Heráclito Fortes (PI).

10. Primeiro-secretário da Mesa presidida por Sarney, Heráclito ponderou que o rompimento poderia empurrar Sarney para a reunúncia. Pintou um cenário de caos. Agripino atalhou a argumentação com uma idéia que sabia inviável: “Por que não uma candidatura própria, de Marco Maciel? Ficava claro que, além de romper com Sarney, o DEM já esboçava a sucessão. Agripino prevaleceu.

11. No meio da reunião do DEM, tocou o telefone. Era o tucano Sérgio Guerra. Queria que Agripino aderisse a uma proposta de última hora: a constituição de um grupo de senadores notáveis. Reformariam o Senado sob um Sarney manietado. Agripino já havia sido informado dos planos de Guerra por Renan, procurado antes dele. Reagira mal. Chamara a proposta de “tolice”. Nem atendeu ao telefone. Mesmo sem o assentimento de Agripino, Guerra foi à casa de Sarney. Levou a tiracolo os tucanos Alvaro Dias e Marisa Serrano.

12. Apresentado à tese da constituição do grupo de senadores insignes, Sarney simulou interesse. Disse que iria pensar. Os tucanos disseram-lhe que nem precisaria se licenciar do cargo. Bastaria um afastamento informal. Não queriam ver Sarney pelas costas. De quebra, sondaram-no sobre a disposição de instalar a CPI da Petrobras. “Parece que nem a oposição está interessada”, provocou Sarney.

13. O tucanato estava, sim, interessado. Sarney e Renan trataram de levar esse interesse ao caldeirão da crise como mais uma ameaça ao governo. Em seus diálogos, deixaram antever que, ao menor sinal de abandono, o PMDB ajudaria a abrir a CPI.

14. Lula manteve a mão estendida. Mal posou na base aérea de Brasília, na noite de quarta, discou para Sarney. Antes, telefonara para Ideli Salvatti, que lhe relatara um encontro ameno de Sarney com dez dos 12 senadores do PT. Só Marina Silva e Eduardo Suplicy ousaram repisar a tese da licença diante de Sarney. A bancada parecia ceder à pressão. Lula sentiu o pulso de Sarney e agendou uma conversa com ele. Seria na quinta. Foi transferida para sexta. O presidente quis, primeiro, avistar-se com o PT.

15. Lula testemunhou ao vivo o “amadorismo” que pressentira à distância. Cinco senadores petistas defenderam a licença de Sarney. Em resposta, reduziu a crise do Senado a uma “guerra política”. Lembrou 2010 e apelou à governabilidade. Encurralado, o PT reunirá sua bancada, de novo, na próxima terça. De antemão, Lula disse a Sarney, nesta sexta, que entregará a mercadoria que prometera. Se conseguir, José ‘Quadros’ Sarney ganhará sobrevida para continuar conduzindo o Senado. Não se sabe para onde.
(Escrito por Josias de Souza às 07h04)

AEN

Para que serve a Agência Estadual de Notícias (AEN)? Para informar a população sobre as ações do governo. Acontece que a AEN mais parece um fórum em defesa do governador Roberto Requião (PMDB). Sempre que alguma denúncia atinge o líder máximo peemedebista, a agência se desdobra em matérias em defesa do chefe. No caso da matéria do CQC não foi diferente. Por exemplo, ontem, quatro matérias tentavam mostrar que o mundo está errado e só Requião está certo. Muito embora, uma das fotos usadas para ilustrar uma das notas, comprove as denúncias do CQC, de que os ônibus só são entregues desde que seja com festa à altura do acontecimento. A foto mostra muita gente, os ônibus da discórdia e balões coloridos.

O “papel ridículo” e as mamonas

Munido das notas taquigráficas do pronunciamento do deputado Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), líder do Governo na Assembleia Legislativa, feito na terça-feira (07), o deputado Douglas Fabrício (PPS) resolver voltar ao assunto CQC e ao destempero do governador Roberto Requião (PMDB) contra a TV Bandeirantes. Indignado com a repercussão que a matéria teve, Romanelli criticou Fabrício, acusando de ter sido ele o “culpado” pela reportagem sobre os ônibus escolares, que são entregues em datas festivas. O líder governista chamou o vice-líder da oposição, entre outros “adjetivos”, de mentiroso e que ele fez papel ridículo no Brasil todo. “Papel ridículo? Ora, eu nunca comi mamona; nunca entrei na Justiça contra salário de professor”, reagiu Fabrício. (DR On-line 09/10/09)

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Ônibus escolares – Negócio político?

Acessando o site do YouTube e procurando o programa do CQC, da TV Bandeirantes, que foi ao ar na segunda-feira, é possível entender os motivos dos destemperos do governador Roberto Requião (PMDB). Seus planos foram descobertos. No programa, o repórter Rafinha Bastos, que veio a Curitiba, pode ver centenas de ônibus escolares estacionados em frente ao Palácio Iguaçu. Enquanto isso, conforme a reportagem do CQC, crianças ficam sem escola por falta de transporte escolar. O repórter também visitou Barbosa Ferraz, onde constatou outro descaso: a Prefeitura local tem quatro ônibus no pátio, parados. Enquanto isso, crianças são obrigadas a amassar barro, por quilômetros seguidos, ou então correr riscos dentro de um ônibus velho e lotado para frequentar as aulas. O transporte escolar está, literalmente, estacionado em frente ao Palácio Iguaçu. O pior, é que para receber esses veículos, pelo jeito, só quando houver festa programada, já que o governador e seus deputados só entregam os veículos com as devidas badalações, com fogos, discursos e muita gente – eleitor.

Destempero de Requião aprofunda crise com deputados tucanos na AL

Roberto Requião novamente chamou, ontem, para si, todos os holofotes da mídia para se defender – e acusar – da reportagem do CQC que deitou e rolou nos ônibus escolares parados em frente ao Palácio Iguaçu e que vêm causando transtornos aos usuários de carros no Centro Cívico. Como sempre, atirou para todos os lados e aos ouvidos moucos, porém, atentos dos servidores que o aplaudem às terças-feiras na famosa e desgastada “Escola de Governo”. Agora, pelo que se percebe, a Rede Globo e a Gazeta do Povo não são mais seus inimigos, mas, sim, a Rede Bandeirantes, que colocou no ar matéria insinuando que o governador paranaense estaria guardando os veículos escolares para entregá-los em período próximo às eleições, pois é candidato ao Senado Federal. Portanto, de repente, a Gazeta e a Globo paranaense ficam “amigas” devido ao fato que vem agradando ao Palácio Iguaçu: elegeram Beto Richa (PSDB) como inimigo a mando, quem sabe, do PT de Paulo Bernardo. Talvez o grande volume de anúncios publicitários do Governo Federal possa responder aos apelos. Ao que parece, também, o governador tomou o seu lado no ringue. Claro, do lado dos mocinhos e colocou todo o diretório do PSDB e o prefeito Beto Richa (PSDB) como bandidos. Tudo por conta da decisão de assumir condição de oposição ao Governo. Isso porque a “poderosa” TV Educativa repercutiu, como nunca, a notícia sobre possível compra de votos por parte da equipe de Beto Richa. Quem conhece o governador sabe que o programa que Carlos Moraes levou ao ar, entrevistando o deputado Fábio Camargo (PTB) não foi franciscano, que tinha interesses por trás e, quem sabe, interesses eleitorais. “O repórter, durante o programa pedia: venha Beto Richa. Não foi. Aí, o diretório do PSDB se reúne e decide que vai ser contra o Governo e que vai votar tudo que for bom para o povo. Resolvem que os deputados vão ficar ao lado do mal”, atirou, esquecendo que a postura dos tucanos foi idêntica a que ele usa com a sua própria bancada, que não alivia para ninguém. “O PSDB tem uma bancada séria na Assembleia Legislativa, mas que, pela pressão do ‘estaremos com o governo se o governador não falar mais na empreiteira (estamos em juízo pedindo devolução do dinheiro) que recebeu indevidamente do DER, onde o irmão do prefeito era diretor”, disparou, ao lançar uma pergunta que pode ter sentidos diversos: “afinal, sou um homem ou um rato?”. Escolha difícil… Requião, também, deu a dica que não vai dar trégua: “Estou pedindo ao nosso procurador geral, Carlos Marés, que toda terça-feira (na Escolinha), em um minuto, exponha como está o processo de cobrança daquele dinheiro pago indevidamente do DER. Eu não teria condição de ser governador do Paraná se fosse canalha. Se eles (deputados tucanos) vão votar contra o Governo do Paraná é um problema deles e não meu. Cumpro a obrigação de governar com ética. Acredito que se eles (deputados tucanos) virarem a mesa e não fizerem ,eu desfaço a boa imagem que fiz deles”, ameaçou. Beto Richa, por seu turno, contratou advogado para processar, criminalmente, o deputado Fábio Camargo, o repórter Carlos Moraes e a própria TV Educativa. (JR On-line 08/07/09)