“Maior bancada não é a salvação da lavoura”, alerta especialista
Marcelo Navarro diz que é preciso união pelas demandas do OesteNo dia 1º de fevereiro, às 15 horas, os 54 deputados estaduais eleitos serão empossados na Assembleia Legislativa do Paraná. A data também marcará um momento histórico para o Oeste, que emplacou a segunda bancada do Estado com dez nomes, perdendo apenas para Curitiba e Região Metropolitana, com 22 eleitos.
O cientista político Marcelo Navarro disse que o aumento da bancada oestina não representa “a salvação da lavoura” e que a melhoria na distribuição de verbas entre os municípios dependerá do desempenho dos parlamentares. “Claro que a elevação do número de representantes na Assembleia é um avanço, pois a região passa a ter mais força no cenário político do Estado, mas não é a salvação da lavoura”, afirmou.
De acordo com ele, esse avanço está condicionado ao desempenho de cada parlamentar e do trabalho conjunto que eles poderão realizar pelas demandas regionais. “A diferença, por exemplo, será na hora da elaboração do orçamento do Estado com a alocação de verbas no Plano Plurianual. Trata-se do momento em que os deputados podem trazer recursos através de suas emendas para as obras nos municípios nas diversas áreas, como educação e saúde”.
O cientista político também alerta que a eleição de uma bancada maior não implica em resolver os problemas de infraestrutura e atendimento público que afetam Cascavel e região. Entre as demandas mais urgentes estão a duplicação da BR 277, entre Cascavel e Medianeira, a construção do Aeroporto Regional, a ampliação do atendimento na área de saúde e na área educacional. O trabalho da bancada oestina tem um fato positivo ao seu lado. Boa parte dos dez eleitos integra a aliança partidária do governador Beto Richa (PSDB). Apenas Elton Welter e Professor Lemos, ambos do PT, fazem parte da oposição.
Outros vitoriosos pela oposição foram André Bueno (PDT), Ademir Bier e Nereu Moura, ambos do PMDB, Leonaldo Paranhos (PSC). Os quatro,porém, podem engrossar a linha da situação. Adelino Ribeiro (PSL), Reni Pereira (PSB), Elio Rusch (DEM) e Duílio Genari (PP) já pertencem a siglas aliadas ao governo. (Miguel Portela O Paraná)