segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Os Pastores de São Pedro

A comunidade Católica de São Pedro do Iguaçu foi tomada de surpresa neste final de semana, pois o Pároco Dirceu anunciou durante a missa que estaria afastando-se da Paróquia. O que surpreendeu os fiéis,  foram os motivos elencados pelo Religioso.
Segundo Dirceu, Comentários maldosos divulgados pela cidade e até sendo levados ao Bispo Diocesano nos últimos meses teriam motivado sua decisão. Pura fofoca e maldade contra o Religioso, coisas realmente sem pé e nem cabeça, até parece mágoa de pessoas que tiveram interesses contrariados pelo Religioso.
O fato é que a Paróquia de São Pedro nunca soube valorizar seus Pastores, quem reside aqui a muito tempo, como eu, sabe que praticamente todos os padres que conduziram esse “rebanho” saiu triste ou insatisfeito. Quem Não se lembra dos Padres:
O Primeiro efetivo, Padre Antonio, vivia às turras com “religiosos fervorosos”, foi embora um tanto quanto desgostoso, em seguida assumiu o Italiano de sangue quente o Padre Franco (Construiu  a Igreja Matriz atual e iniciou o Pavilhão de festas), nem por isso foi poupado,  teve muitas “confusões” com algumas pessoas, pelos mesmos fatos (comentários maldosos contra sua pessoa) e por chamar a atenção de pessoas “relapsas” diretas do púlpito (digo isso porque tive o privilégio de se um de seus coroinhas), assim nessa cronologia a Paróquia recebeu o Pe Milton que fez um bom trabalho paroquiano reestruturando as comunidades de bases iniciadas por Franco, tranquilo, sereno, trabalhador,  mas nem por isso escapou de críticas, o Pe  José veio não foi diferente acabou  ficando pouco tempo.
Na seqüência, um pouco, bem pouco de calmaria com padre Alcides e o Padre Brás, talvez pelo fato de ficar pouco tempo ou saúde.
Padre Adair assumiu com pompa e circunstâncias sabendo dos problemas da paróquia, se tratava de um Pároco bem ao estilo de Dirceu, popular (o que aqui em São Pedro, parece desagradar muita gente), gostava de dançar, brincar, ir em matinês, enfim bem aberto, o que lhe rendeu desaforos, criticas e picuinha por parte de “católicos”fervorosos, foi embora triste e magoado, o que dizer de Pe Valmor, de origem italiana e sangue quente, ai dá pra imaginar, acredito que ele nem queira saber onde fica São Pedro. Seguindo a cronologia temporal, a paróquia recebeu o intelectual e professor universitário Pe Ângelo, com fortes traços de esquerda e influência política acabou desgostando muitos rebentos, porque a exemplo de Milton tomou partido de grupos políticos, deixando muitas vezes de fazer o trabalho pastoral, resultado saiu insatisfeito.
Na sequência e por último o Bispo Dom Francisco, juntamente com a comunidade católica dá as boas vindas ao Padre Dirceu Roveda, sua posse foi marcada por muita expectativa. O Pe Dirceu iniciou com vontade,  Padre popular, circulou e circula por todos os meios sociais em busca, segundo ele “de almas perdidas,  pois esse é um dos trabalhos do evangelizador”. Foi ousado, ajuda as pessoas humildes com seu próprio salário, construiu o centro catequético, arrumou dissabores por conta disso, transitou entre os dois grupos políticos locais, sempre fazendo amigos. Entretanto os últimos acontecimentos e boatos foram a gota d’água para o Religioso.
O Fato, é que os paroquianos são-pedrenses parecem não aprender nunca a valorizar seus pastores como deviam. (Obs. Se me esqueci de algum Pastor me perdoem tivemos alguns que trabalharam temporariamente na Paróquia)