O senador Osmar Dias obteve garantias da direção nacional do PDT que tem plena e total liberdade para formar qualquer coligação que considerar conveniente no Paraná. Não existe “qualquer possibilidade de intervenção no estado”, segundo garante o secretário nacional do partido, Manoel Dias.
A posição do PDT nacional abre espaço para que Osmar saia candidato à reeleição para o Senado na chapa encabeçada pelo tucano Beto Richa. A situação de Osmar, que pode vir a se aliar a um candidato que faz oposição a base de Lula, não é isolada. O PDT tem situações em vários estados onde seus filiados irão se candidatar em chapas formadas por opositores do presidente Lula.
A carta branca recebida por Osmar não significa, contudo, que o senador pedetista anunciará imediatamente uma decisão a respeito de seu destino político.
Como seu projeto foi construído em torno da disputa pelo governo do estado, Osmar pode protelar a decisão sobre o rumo a tomar até o limite do prazo legal. O senador pensa em esgotar todas as possibilidades de se lançar ao governo em uma aliança nos moldes que lhe foi prometida nos primeiros contatos com Lula e com o PT. Ou seja, uma coligação que além do PDT e PT tenha o PMDB e, por último, mas nem por isso menos importante, que Gleisi Hoffmann dispute a vice.
Entre os petistas as expectativas que Osmar venha a se compor com o partido se reduziram muito a partir do momento em que ficou claro que o PDT não cogita nenhuma solução de força para impor a aliança do PDT com o PT no Paraná. Os petistas, que não admitem sequer colocar em pauta, a candidatura de Gleisi na vice estudam projetos alternativos. entre eles o apoio ao PMDB de Pessuti – sem aliança na proporcional – e o lançamento da candidatura do petista Nedson Micheleti. (DR-On line)