quarta-feira, 23 de junho de 2010

PDT veta apoio a Richa

Lideranças nacionais e locais do PDT, PT e PMDB tiveram ontem mais uma série de reuniões em Brasília, mas não conseguiram chegar a acordo para construção de aliança em torno da possível candidatura do senador Osmar Dias (PDT) ao governo do Estado.
A insistência do pedetista em ter a ex-presidente do PT, Gleisi Hoffmann, como candidata a vice e não ao Senado continua emperrando o acordo. O grupo esteve, na noite de segunda-feira, na casa do deputado Michel Temer (SP), presidente nacional do PMDB, e se encontrou novamente, uma vez ontem pela manhã e outra à tarde, na sede do PT em Brasília.
Até o fechamento da edição, Osmar ainda não havia anunciado se enfrentará o tucano Beto Richa (PSDB) na disputa pelo Palácio das Araucárias ou tentará a reeleição. De certo, do encontro de ontem, apenas a negativa da direção nacional do PDT ao pedido de autorização do diretório estadual para se coligar com o PSDB.
Mas a maioria aposta na decisão de tentar a reeleição ao Senado pelo PDT mais o PSC e outros partidos menores.
Depois de conversar com os representantes do PT e PMDB, o principal cacique pedetista, ministro Carlos Lupi, apresentou duas propostas a Osmar Dias. Disputar o governo com um vice indicado pelo PMDB. Nesta hipótese, Gleisi Hoffmann e o ex-governador Roberto Requião (PMDB) seriam candidatos ao Senado.
A segunda possibilidade seria concorrer a reeleição em candidatura avulsa, sem apoio de petistas e peemedebistas. Neste cenário, o governador Orlando Pessuti (PMDB) seria candidato a reeleição com um vice indicado pelo PT, com Gleisi e Requião candidatos ao Senado.
Durante toda terça-feira, as mais variadas versões chegaram de Brasília sobre o futuro eleitoral do senador pedetista. O deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB), que acompanhou as reuniões, chegou a garantir que a aliança entre os três partidos estava sacramentada, e que o nome do candidato ao governo seria anunciado ainda na noite de ontem. “Já temos uma decisão que nos mantêm unidos. Já escalamos os jogadores agora temos que colocar o time para jogar. O importante é que estamos juntos. Não passa de hoje (ontem) esta novela da sucessão estadual. Vamos amanhecer amanhã com o destino político do PMDB, PT e PDT decidido”, disse.
Outra versão garantia que a decisão de Osmar Dias só seria anunciada na reunião da Executiva do partido no Paraná no próximo dia 27. Informações extra-oficiais de fontes ligadas a Pessuti davam conta de que o pedetista teria aceitado concorrer a governador com um vice indicado pelo PMDB. Nesta hipótese, os deputados federais Rodrigo Rocha Loures e Marcelo Almeida seriam os mais cotados.
A candidatura de Osmar Dias é a última esperança do PT para garantir no Paraná um palanque forte para a candidatura presidencial de Dilma Roussef.(Via Bem Paraná)