Beto Richa (PSDB) e Osmar Dias (PDT) não desperdiçaram nenhuma chance para trocarem agressões, ontem, durante o último debate entre os candidatos ao Governo do Estado, realizado pela RPCTV, com a participação, também, de Luis Felipe (PSOL) e Paulo Salamuni (PV). Sempre que possível, Beto e Osmar escolhia ao outro para fazer as perguntas. A impressão que se teve foi a de que havia disposição de mostrar os defeitos um do outro e, também, para desestabilizar emocionalmente. Neste quesito, o candidato tucano parecia mais seguro, com respostas firmes, ou fazendo perguntas contundentes. A primeira estocada se deu quando Richa escolheu Osmar para questionar sobre “emprego”. O pedetista desfiou o rosário do que pretende fazer no setor e deslizou: “O presidente Lula acabou de me ligar para desejar boa sorte. É importante ter o apoio de um gerador de emprego como Lula, que gerou mais de 15 milhões de empregos. (...) Hoje, as micro e pequenas empresas têm isenção R$ 360 mil [para pagar imposto]. Vamos dobrar para R$ 760 mil, já que 60% dos empregos que são gerados são das mais 15 mil microempresa. Vamos trocar imposto por emprego”, disse, Osmar, que foi corrigido por Richa: “Corrigindo. Senador, dobrar os 360 mil é 720 mil e não 760 mil. Mas, o paranaense quer saber de projetos próprios e não de outros. E foi este senador que votou a favor da CPMF; em 2001 apresentou projeto para proibir testemunhas em processo trabalhistas, beneficiando os empregadores; ainda em 2001, apresentou projeto que tirava os depósitos recursal dos trabalhadores (...)”, atirou, e Osmar se defendeu: “Meu Deus do céu quanta lorota. Fizemos este projeto no Governo FHC, quando a taxa de desemprego era altíssima. Mas, as centrais sindicais me orientaram para retirar o projeto e assim eu fiz. Todos os anos sou escolhido pelo Diap com um dos senadores mais atuantes. O meu adversário está mal informado. Aliás esse é o candidato que usou indevidamente isso na TV e perdeu na Justiça”, disparou.