quarta-feira, 28 de julho de 2010

Beto Richa promete criar secretaria estadual para garantir os direitos das pessoas com deficiência

“Vamos trabalhar para tornar o Paraná uma referência para o Brasil nesta área, com uma visão moderna e humana”, disse, ontem, o candidato da coligação Novo Paraná ao Governo do Paraná, Beto Richa, ao prometer que vai criar  Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência, que vai trabalhar pela inclusão social e o acesso das pessoas com deficiência no Paraná a todos os bens, produtos e serviços existentes na sociedade. O senador e candidato a vice-governador, Flávio Arns (PSDB), acrescentou que “o Paraná estará seguindo uma tendência nacional, como já acontece em São Paulo e como José Serra pretende fazer no Brasil, criando um Ministério para a área. A secretaria terá o papel fundamental de articulação com as demais áreas como saúde, educação, ciência e tecnologia, a favor da inclusão desse segmento na sociedade”, acrescentou Arns. Na Prefeitura de Curitiba, Beto Richa já havia regulamentado o Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência, que define políticas municipais e trabalha de forma integrada com obras e programas de outras áreas. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 14,5% da população brasileira possui algum tipo de deficiência. Aplicada essa mesma proporção ao Paraná, chega-se a 1,5 milhão de paranaenses com algum tipo de deficiência. “Temos que dar a todas as pessoas a condição de plena cidadania, de acesso aos serviços públicos, à educação, à saúde e ao mercado de trabalho. Isso não é um favor, é um direito”, afirmou Richa. Ele lembrou que dados do IBGE mostram que ainda há muito que avançar na inclusão das pessoas com deficiência, ao destacara que, enquanto a taxa de alfabetização de pessoas sem deficiência com mais de 15 anos chega a 87,1%, entre as pessoas com deficiência essa proporção cai para 72%. A taxa de freqüência escolar entre crianças até 14 anos sem deficiência é de 94,5%, mas pode cair para 61% em crianças da mesma idade com alguma deficiência física permanente. No mercado de trabalho, a situação não é diferente. Do total de pessoas com deficiência em idade ativa, somente 1,6% estão no mercado formal de trabalho, segundo a RAIS/2008. (DR On-Line)