Com a justificativa de que o “desconto deixou de cumprir finalidade, pois 50% das contas não eram pagas em dia”, o presidente da Copel, Ronald Ravedutti, informou, no final da semana passada, que o desconto de 12,98% para os consumidores que pagavam as contas de energia elétrica em dia, deixou de vigorar. Para agravar a situação, no mês passado, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou um reajuste nas tarifas de 2,46%. Com isso, a conta do consumo de luz ficará 15% mais cara em agosto. Ravedutti disse que os descontos para neutralizar o reajuste médio de 12,98% concedido pela Aneel em junho de 2009 deixou de se justificar como benefício social. “Observamos que o desconto deixou de cumprir sua finalidade social, quando cerca de 50% das contas de luz não mais eram pagas até o vencimento, e que a grande maioria dessas contas era de famílias com padrão de consumo muito pequeno”, afirma. Segundo ele, as famílias mais pobres eram penalizadas, pois, ao quitar a conta de luz após o vencimento pagavam tarifa já reajustada, mais elevada que aquela paga pelas famílias de melhor condição econômica. E argumentou que, por causa de empreendimentos e das obras para expansão e reforço do sistema elétrico paranaense, a Copel precisa dos recursos da venda de eletricidade, sob pena de não poder viabilizar os projetos. No entanto, pelo twitter, o ex-governador Roberto Requião (PMDB), disse que “não tem cabimento aumentar a tarifa da Copel para valorizar suas ações”. E acrescentou: “Enquanto se discute investir dinheiro público para a Copa, em Curitiba, a Copel anuncia aumento