quarta-feira, 21 de julho de 2010

Clima da campanha eleitoral começa a “esquentar”

Depois de um início morno, em que os dois principais candidatos ao governo pareciam estar estudando o terreno, nos últimos dias, a troca de farpas entre Beto Richa (PSDB) e Osmar Dias (PDT) se intensificou, sinalizando o que vem por aí na disputa. O “start” foi dado pelo tucano, no evento com agricultores, no qual Richa tentou colocar no adversário a pecha de aliado do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Osmar devolveu a moeda, em evento na noite de segunda-feira com sindicalistas, quando acusou Richa de trair a confiança dos eleitores curitibanos, ao prometer cumprir os quatro anos do segundo mandato como prefeito, para depois deixar o cargo com pouco mais de um ano, para disputar o governo. Lembrou ainda que o tucano integrou a base do governo Jaime Lerner, responsável pela privatização do Banestado e a tentativa de venda da Copel. E é só o começo.
O confronto entre Osmar e Richa deve ficar ainda mais “quente” após a divulgação das pesquisas do Datafolha e Vox Populi, programada para este final de semana. Com os números em mãos, e sabendo enfim em que pé estará a disputa, os candidatos terão mais clareza para definir suas estratégias de campanha.
Os ataques desferidos nos últimos dias por Richa a Osmar fogem ao estilo “bom moço” cultivado pelo tucano ao longo de sua carreira política. E segundo analistas, essa guinada pode indicar que o ex-prefeito “sentiu o golpe” da entrada do pedetista na disputa pelo governo, depois de passar os últimos meses apostando que ele concorreria à reeleição ao Senado. Além disso, a mudança também pode acabar provocando estranhamento e rejeição junto ao eleitorado, que se acostumou a ver Richa repetindo que não faz campanha em cima de ataques a adversários.