A exigência do senador Osmar Dias, em ter Gleisi como vice, levou a cúpula do PT e o presidente Lula a uma nova avaliação da situação política no Paraná e duvidar das vantagens de insistir na coligação com o PDT para disputar o governo do estado. A situação se deteriorou a tal ponto que só uma solução de força poderia levar a uma aliança. A questão é se o custo político para impor uma aliança compensa o estrago produzido. Lula avalia que terá de intervir em Minas Gerais, estado chave para Dilma Rousseff, mas não deseja o desgaste da intervenção em todos estados onde as alianças não seguem o figurino que indicou.
O PT passou a trabalhar com o plano B no Paraná. A prioridade é uma aliança com o PMDB de Orlando Pessuti. De acordo com essa nova estratégia o governador vem recebendo afagos da máquina petista, o problema é saber como a ala Requianista vai reagir.
Osmar Dias foi saindo do foco das atenções do PT a partir de um processo lento e continuado de desgaste. À medida que o senador foi se indispondo com caciques locais do partido foi se formando uma rede de intrigas montada por petistas do Paraná que descreviam Osmar, para Lula e para a direção do PT, como sendo “instável” e “pouco confiável”.