sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Requião tenta justificar Eduardo. Mais uma vez

Requião promete falar hoje, às 10h00, na rádio Globo, de seu sobrinho João Arruda. Vai tentar justificar o mano Eduardo que está foragido da Polícia Federal depois da devassa em seu apartamento, onde foram encontrados um fuzil sem registro e grande quantia em dinheiro, além de documentos.
A pergunta é esta: quem se elegeu com as cuecas na mão e está em visível decadência pessoal tem ainda capacidade de convencimento? Seus áulicos acreditam que sim, até porque não há outra alternativa diante da devassa da polícia Federal.

Há o porto...

A situação no principal porto marítimo do Paraná é mais complicada do que parece. Pelo menos foi o que deu a entender o delegado da Polícia Federal em Paranaguá, Jorge Luiz Fayad Nazário, em entrevista coletiva concedida no final da quarta-feira (19), quando falou sobre a Operação Dallas, desencadeada no Paraná, Santa Catarina e Rio de Janeiro, para desmontar uma quadrilha de desvio de cargas. No entanto, não foi apenas nos desvios de grãos que a PF se baseou para prender oito pessoas, entre elas o ex-superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA), Daniel Lúcio de Oliveira Souza. Também foram cumpridos 29 mandados de busca e apreensão, e o apartamento do ex-superintendente do Porto, Eduardo Requião, irmão do ex-governador Roberto Requião (PMDB), e de um ex-secretário e atual suplente do peemedebista no Senado, que estariam envolvidos, junto com Souza, na compra de uma draga, superfaturada. A Polícia, por meio de escutas telefônicas autorizadas pela Justiça e interceptação de e-mails, descobriu, por exemplo, que a compra da draga, por US$ 45,6 milhões, favoreceria o desvio de cerca de US$ 5 milhões, que seriam usados em campanhas eleitorais no Paraná. De acordo com o delegado, houve direcionamento da compra da draga e o grupo pretendia desviar cerca de 20% desse valor para “pessoas na APPA e influentes no Governo que iriam se apoderar desse dinheiro”. Na negociação, conforme a PF, Souza teria recebido R$ 640 mil em dinheiro e um apartamento. Ainda de acordo com o delegado, as escutas telefônicas mostraram que parte do dinheiro arrecadado com a compra da draga seria usada como caixa dois em uma campanha eleitoral, e a outra quota seria dividida entre as pessoas que faziam parte do esquema. Agora, a PF tem bastante material para conferir, fruto das apreensões e que deverão subsidiar as investigações. Vem mais coisas por aí.



Suspeitos se apresentam

Fabricio Slaviero Fumagalli, sócio da Companhia Brasileira de Logística (CBL), e um funcionário da CBL, que não teve o nome revelado, se apresentaram nesta quinta-feira (20) à polícia, segundo informações da Gazeta do Povo. Eles eram considerados foragidos desde que a Operação Dallas foi deflagrada, no início da manhã de quarta-feira (19). Eles são suspeitos de participação no esquema de apropriação indevida de cargas de grãos como soja e açúcar em um terminal portuário de Paranaguá, e agora completam os 10 mandados de prisão expedidos para a operação. Além deles, na quarta-feira quatro pessoas ligadas à CBL, entre diretores e funcionários, também foram presas e estão sendo acusadas de desviar até 4 mil toneladas de produtos por safra no Porto de Paranaguá. O grupo lucraria cerca de US$ 4 milhões (aproximadamente R$ 6,7 milhões) com a venda ilegal dos grãos desviados. Segundo a Receita Federal, autora da denúncia, a apropriação ilegal seria bem maior: 10 mil toneladas de mercadorias por ano seriam desviadas e o lucro chegaria a R$ 8,3 milhões. O delegado-chefe da Polícia Federal em Paranaguá, Jorge Luiz Fayad Nazário, explicou que o material desviado era revendido para um receptador em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, e era transportado com notas fiscais frias. Ele explicou, porém, que não foi determinada a prisão desse receptador, que não teve o nome divulgado, porque os policiais acreditam que ele não sabia do esquema.



Requião comenta

Depois de silêncio obsequioso, o ex-governador e senador eleitor Roberto Requião (PMDB) preferiu não fazer comentários enquanto policiais federais, funcionários da Receita Federal e membros do Ministério Público Federal faziam prisões e apreensões na Operação Dallas. Depois, porém, o peemedebista que, enquanto governador dizia que o Porto de Paranaguá era o melhor do mundo, e o seu irmão, Eduardo, o melhor secretário do Planeta, voltou a postar comentários no Twitter, ondechama atenção ao informar que as denúncias de desvios partiram do mano, ex-superintendente do Porto, que teve seu apartamento devidamente revistado por policiais federais. No Twitter, o ex-governador disse: “Operação Dallas bem sucedida. Havendo culpados devem ser punidos . Confio na lisura de meu irmão. Tudo deve ser investigado”. “..se, por acaso, o mano pecou, que pague o preço. no entanto, melhor aguardar apurações…”. “Sou a favor da mais ampla investigação e tenho confiança no comportamento do Eduardo. A denuncia foi dele”; “O setor privado impede o porto de comprar draga. Os desvios de soja foram denunciados pelo Eduardo”; “Já fizeram busca e apreensão na casa do irmão do Lula. Depois pediram desculpas”. Requião afirma que quem denunciou, primeiro, o desvio de grãos foi Eduardo, mas há quem diga o contrário, que quem apontou as irregularidades, inclusive conquistando a ira de Eduardo, foi a outra irmã de Requião, a Lúcia Arruda, que era a presidente do Provopar.



Depoimento adiado

O ex-superintendente do Porto de Paranaguá, Daniel Lúcio de Oliveira Souza, que passou a noite no presídio Ary Franco, na Zona Norte do Rio de Janeiro, teve seu depoimento adiado por causa do feriado de São Sebastião, ontem (20), na capital fluminense. Souza foi preso, na quarta-feira (19), durante a operação Dallas, da Polícia Federal. Ele deve depor ainda hoje (21). Segundo informações, ele foi detido com R$ 65 mil em dinheiro, que estavam escondidos no fundo falso de um guarda-roupa, além de uma duplicata de R$ 800 mil, emitida por um terminal portuário de Paranaguá.

Em tempo

O valor da pensão paga a ex-governadores do Paraná (R$ 24,8 mil) equivale a 45 salários mínimos de R$ 545, quase três anos e meio de trabalho. Pode até ser legal, mas...

PensãoIII

Considerando que uma pessoa comum precisa contribuir por 35 anos ao INSS para se aposentar com um teto pouco maior do que R$ 3 mil, o pagamento de pensão a quem ocupou um cargo por quatro anos é um acinte à população. Mais escandalosas são as pensões pagas a ex-governadores que ficaram no cargo por apenas oito meses, a exemplo de Mário Pereira e Orlando Pessuti.

Pensão II


Além de Alvaro, outros nove ex-governadores recebem o polpudo benefício 13 vezes por ano - 12 salários mais o 13º. Dentre os nove estão dois que não foram eleitos por voto popular: Emílio Gomes (de agosto de 1973 a março de 1975) e Jaime Canet Júnior (de março de 1975 a março de 1979).

Pensão I

Pegou mal o pedido feito pelo senador Alvaro Dias para receber o pagamento retroativo de cinco anos da pensão a que tem direito como ex-governador. Alvaro governou o Estado entre 1987 e 1990 e recebe a pensão de R$ 24,8 mil desde outubro do ano passado.
A solicitação está em análise na Procuradoria Geral do Estado e, ser for aceita, Alvaro receberia R$ 1,6 milhão. Um prêmio de loteria!

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA

“Maior bancada não é a salvação da lavoura”, alerta especialista
Marcelo Navarro diz que é preciso união pelas demandas do Oeste

No dia 1º de fevereiro, às 15 horas, os 54 deputados estaduais eleitos serão empossados na Assembleia Legislativa do Paraná. A data também marcará um momento histórico para o Oeste, que emplacou a segunda bancada do Estado com dez nomes, perdendo apenas para Curitiba e Região Metropolitana, com 22 eleitos.
O cientista político Marcelo Navarro disse que o aumento da bancada oestina não representa “a salvação da lavoura” e que a melhoria na distribuição de verbas entre os municípios dependerá do desempenho dos parlamentares. “Claro que a elevação do número de representantes na Assembleia é um avanço, pois a região passa a ter mais força no cenário político do Estado, mas não é a salvação da lavoura”, afirmou.
De acordo com ele, esse avanço está condicionado ao desempenho de cada parlamentar e do trabalho conjunto que eles poderão realizar pelas demandas regionais. “A diferença, por exemplo, será na hora da elaboração  do orçamento do Estado com a alocação de verbas no Plano Plurianual. Trata-se do momento em que os deputados podem trazer recursos através de suas emendas para as obras nos municípios nas diversas áreas, como educação e saúde”.
O cientista político também alerta que a eleição de uma bancada maior não implica em resolver os problemas de infraestrutura e atendimento público que afetam Cascavel e região. Entre as demandas mais urgentes estão a duplicação da BR 277, entre Cascavel e Medianeira, a construção do Aeroporto Regional, a ampliação do atendimento na área de saúde e na área educacional. O trabalho da bancada oestina tem um fato positivo ao seu lado. Boa parte dos dez eleitos integra a aliança partidária do governador Beto Richa (PSDB). Apenas Elton Welter e Professor Lemos, ambos do PT, fazem parte da oposição.
Outros vitoriosos pela oposição foram André Bueno (PDT), Ademir Bier e Nereu Moura, ambos do PMDB, Leonaldo Paranhos (PSC). Os quatro,porém, podem engrossar a linha da situação. Adelino Ribeiro (PSL), Reni Pereira (PSB), Elio Rusch (DEM) e Duílio Genari (PP) já pertencem a siglas aliadas ao governo. (Miguel Portela O Paraná)

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Previsão frustrada

O governo de Dilma Rousseff mal começou e já se vê ela a braços com a primeira crise. Para os do ramo, uma situação esperada. Com toda a sua experiência o PMDB imaginou que
ter seu presidente como vice da República lhe garantiria, no mínimo, os espaços que desfrutou nos mandatos de Lula.