sábado, 26 de fevereiro de 2011

Em choque

Ao insistir na correção do IR em apenas 4,5%, contra uma inflação de 5,91% em 2010, o governo em realidade estará enfiando mais um “imposto” de 1,41% nos brasileiros. Nem a desejada reforma tributária tão anunciada deverá ser proposta neste ano. No máximo projetos específicos para simplificar alguns impostos e contribuições.

Visão deturpada

Uma recomendação que o falecido presidente John Kennedy fazia aos tiranos, confirma-se agora em vários países norte-africanos e árabes: quando concessões não são feitas por bem elas virão pela violência. Verdade que a contestação tem também motivos econômicos.
Povo bem nutrido é povo acomodado. Imagem que confirma uma frase desta coluna, anos atrás: “O povo não quer saber em que regime ele passa fome”. Se o estômago estiver aplacado e as necessidades mínimas atendidas, o regime, seja qual for estará a salvo. O comando também. Lula sabia disso muito bem ao fazer investimentos na área social, mesmo que outras exigências da economia como um todo, estivessem precariamente atendidas. Daí as grandes carências em infraestrutura, rodovias, ferrovias, portos, aeroportos, fundamentos da macroeconomia, expressões que para um povo com quase 15 milhões de analfabetos, não têm significado. “O fato concreto” para relembrar uma expressão de que se socorria sempre o ex-presidente é que, sua presença ficou de tal maneira marcada na mente dos brasileiros, que não será surpresa, tenham as afirmações do publicitário Duda Mendonça, endereço certo, qual seja, preparar o terreno para a volta do “populismo”, cujos efeitos, alguns muito negativos, a presidente Dilma está sendo obrigada a enfrentar. Dentro do raciocínio de que administrar com seriedade, fazendo o que precisa ser feito e não apenas o que interessa ao bolso e ao estômago, o que fatalmente mais cedo ou mais tarde acabará nas muitas situações adversas, gente já estará sentindo saudade do homem da fala fácil. Assim como outro tanto que lutou contra o regime discricionário de 1964, ao ver desmandos cometidos em setores como os legislativos, judiciários e executivos brasileiros, afirma não ser esta democracia que aqui se vivencia, sua visão de liberdade.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Vexame

Esse vexame o Tribunal de Justiça do Paraná não precisava passar. Depois da contestação de vários setores, inclusive Assembleia Legislativa (leia-se deputado Tadeu Veneri – PT) e OAB-PR, pelo aumento insustentável nas custas cartoriais que o TJ insistiu em manter, vai ter que acatar a suspensão mesmo que provisoriamente, determinada pelo Conselho Nacional de Justiça.

Tempo perdido/Desinteresse

Ao comentar o entendimento com o governo federal e o Estado do Mato Grosso do Sul para a ampliação da Ferroeste, na noite de segunda-feira, durante a posse da nova diretoria da Faciap, o governador Beto Richa (PSDB) lamentou o tempo perdido, pois, segundo ele, as obras já poderiam estar sendo concluídas.
Richa disse que ouviu do governador do Mato Grosso do Sul, André Puccineli, que é do PMDB do ex-governador Roberto Requião, que a eleição do tucano reacendeu as esperanças do estado vizinho, que teria procurado Requião diversas vezes, mas que nunca teve retorno.