Miguel Portela, de O Estado de S.Paulo
CASCAVEL – O aumento da vantagem da candidata a presidente Dilma Rousseff (PT) sobre o seu principal adversário, José Serra (PSDB), caiu como uma ducha de água fria entre os líderes tucanos. O líder de oposição no Senado, Alvaro Dias (PSDB-PR), cobrou na manhã deste sábado, 21, em Cascavel, no Oeste do Paraná, uma postura mais crítica da campanha de Serra em relação ao governo federal.
“Acho que é hora de criar fatos novos para a campanha. Puxar o processo pra si e deixar o governo a reboque e não ao contrário como acontece hoje. Na medida em que se poupam as críticas não se expõem os equívocos, falcatruas e a corrupção que há neste governo”, afirmou o senador durante visita a cidade paranaense.
Para ele, a falta de críticas “é a consagração da imoralidade”. “Fala-se que o presidente é muito popular. Mas porque ele é muito popular? Porque as informações não chegam até a população. As informações que chegam são favoráveis ao presidente. As desfavoráveis não chegam à opinião pública porque o governo dele (presidente Lula) no ponto de vista ético é a consagração de imoralidade”, destaca Álvaro Dias.