quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Prostituição eleitoral


É o que dá um país como o Brasil ter uma legislação eleitoral leniente! Com partidos demais e propostas de menos. Com espaços cedidos “gratuitamente” (informe-se quanto custa para seu bolso) em rádios e tevês aos pretensos “partidos”. Mais as verbas do fundo partidário que certamente não saem de suas arrecadações (o PT e outros que estão no poder, cobram mensalidade dos que têm cargos – daí aumentar os número deles). A cada eleição aparecem fatos novos. Quem imaginaria por exemplo, a senhora Gleisi, candidata ao Senado, “dobrando” com um ex-companheiro que abandonou a base de Lula para apoiar Beto. Ou Requião, salvando com o Gustavo. Bem procurado vai se encontrar por aí as dobradas mais
esdrúxulas. Em Minas, o Aécio depois de lançar o Astanasia candidato ao governo e jurar fidelidade ao tucanato, aceita um comitê com Hélio Costa do PMDB e Dilma. E por aí vai! Enquanto este país não promover uma verdadeira reforma que começaria, como a coluna tem defendido, pela obrigatoriedade de partido político lançar candidato majoritário – Presidente, Governador, Prefeito, as absurdas coligações, sob pena de perder horários gratuitos em rádios e tevês, mais participação no Fundo Partidário, o que acabaria com o balcão de negócios de minutos ou segundos de que cada um dispõe, no mínimo já se teria uma redução para no máximo 5 ou 6, dos 27 de hoje. No momento em que manter um partido não for bom negócio, a coisa muda. Essa sugestão seria a base de uma reforma, capaz de evitar essa prostituição política que se vê hoje. Depois dessa vergonha de agora, baseada no conceito de que o voto do padre ou pastor e o da prostituta valem a mesma coisa, não há como esperar comportamento civilizado do eleitor. (Pedro Washington)