sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Tapa de luvas

A presença de alguns cidadãos que assessoraram as campanhas e mesmo, o governo de Jaime Lerner, especialmente o segundo mandato, em que se apontaram algumas situações digamos assim, menos felizes, nas quais este colunista, com larga vivência na política do Paraná não inclui a venda do Banestado; uma instituição financeira como o Badep, que teve seus momentos de glória, mas também prestou-se a muita trampolinagem a ponto de ter que ser fechado por Álvaro Dias (engraçado, ninguém contestou a postura desse governador como contestaram a “venda” do Banestado), na atual campanha política, proporcionou questionamentos sobre o “lernismo”.
Ninguém quer ser identificado com ele, depois que seu arqui-rival (talvez até por não ter seu brilho), Roberto Requião, empenhou parte do seu mandato em desconstruir sua imagem. Seria assim como um “leproso político”.
Como afirmado acima, este colunista que não vê a situação com esses mesmos olhos e acha Lerner uma das mais brilhantes cabeças que este Paraná já produziu, leu ontem mais uma demonstração de sua grandeza. Lerner publicou um “atestado” liberando os candidatos, Beto e Osmar, de serem acusados de receberem seu apoio. Um verdadeiro tapa com luva de pelica. Só lembra que quem tiver votos em Curitiba, os receberá de cidadãos que residem numa cidade que, apesar de suas mazelas, é apontada, não por acaso, de primeiro mundo!
Além disso, entre outras coisas o Paraná experimentou em seu período um extraordinário surto de industrialização que só não foi adiante por mesquinharia de terceiros: não precisa dizer de quem. Esse é o Jaime Lerner que hoje faz sucesso no mundo como arquiteto, indiferente ao que pensam alguns políticos locais. (Pedro Washington)